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Por Jaconias Neto
O ex-policial militar E. S. S. foi condenado novamente pelo Tribunal do Júri da comarca de Pontes e Lacerda , na última quinta-feira (25/09), pelos crimes de homicídio qualificado, tortura e roubo. A pena imposta soma 44 anos e oito meses de prisão, além de 40 dias-multa, em regime fechado e sem direito de recorrer em liberdade.
Essa é a terceira condenação de E. S. S. apenas em 2024. Em março, ele já havia sido sentenciado por um homicídio em Rondonópolis (212 km da capital). No dia 18 de setembro, foi novamente julgado em Pontes e Lacerda, recebendo pena de 22 anos e nove meses de reclusão. Preso desde 2022, o ex-policial responde a diversos processos por homicídio, sendo apontado pelas investigações como integrante de um grupo de extermínio atuante em Mato Grosso.
A decisão também determinou a perda do cargo público. O julgamento contou com a atuação da promotora de Justiça substituta Clarisse Moraes de Ávila, com apoio do Grupo de Atuação Especial no Tribunal do Júri (GAEJúri) do Ministério Público de Mato Grosso.
Segundo a denúncia do MPMT, os crimes ocorreram em março de 2021, em uma residência no centro de Pontes e Lacerda. E. S. S. teria torturado e executado E. F. C., utilizando dissimulação e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Durante a ação, foram roubadas três armas de fogo e três celulares pertencentes a E. F. C., J. A. C., G. A. C. e A. J. C.
Na ocasião, E. S. S. estava acompanhado de dois comparsas ainda não identificados. O trio se apresentou como policiais civis e alegou cumprir um falso mandado de busca e apreensão. As vítimas foram rendidas e amarradas. E. F. C. foi levado ao quintal, onde sofreu agressões para revelar supostas informações sobre drogas e armas. Em seguida, foi executado com dois tiros na cabeça.
O ex-PM já havia sido alvo da Operação Letífero, deflagrada em janeiro de 2022, que desarticulou um grupo de pistolagem com atuação na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia e em outras regiões do estado.